09/10/2024

"TOP 10" (Especial): As 10 "PIORES" HQs de Frank Miller...

Todos nós temos nossos escritores favoritos... E Frank Miller É "O" favorito de muitos leitores (creio eu, rs). Mas ninguém é perfeito, nem mesmo nossos ídolos da narrativa nos quadrinhos, e nesta 3º PARTE da coluna de "TOP 10 - PIORES" (as 2 anteriores foram dedicadas à: "Alan Moore" e "Garth Ennis), vamos de Frank Miller: Um verdadeiro MESTRE da AÇÃO sequencial nas HQs (lembrando que esta postagem trata-se uma lista PESSOAL minha: E que todos podem ficar à vontade pra concordar OU discordar da "Lista Negra" a seguir, é claro)!

Meu "TOP 10 - PIORES" de Frank Miller inclui: "Batman - O Cav. das Trevas 3" (e as "mini-revistinhas" que acompanhavam a série), "DK 2" (que foi onde começou a derrocada de Miller, na minha opinião), "Superman - Ano 1", "Robocop 2" (que é apenas "baseado" num roteiro e conceitos de Miller, mas que se promoveu usando o NOME do autor, então vai pra lista), "Hard Bolied - À Queima-Roupa", "Cav. das Trevas - A Criança Dourada", "Martha Washington Vai à Guerra", "Grandes Astros - Batman & Robin", "Big Guy & Rusty - O Menino-Robô", e "Holy Terror - Terror Sagrado"! 

Confira abaixo:

"Batman - O Cav. das Trevas 3" + "DK 2" + "Cav. das Trevas - A Criança Dourada" + "Grandes Astros - Batman & Robin": Ironicamente... Frank Miller escreveu e desenhou a MELHOR história de "Batman" de todos os tempos: O "Cav. das Trevas" 1 (que redefiniu o personagem nos anos 80 e até hoje figura como sendo uma edição essencial e obrigatória em qualquer coleção - mesmo pra quem não é fã do morcego). PORÉM, o mesmo Miller também se envolveu em todas as sequências MEDONHAS e PAVOROSAS da obra (muito aquém da qualidade e relevância da HQ original). "DK 2" (lançada em 2002) já mostrava uma decaída vertiginosa com roteiro medíocre, desenhos horrorosos (e colorização pior ainda). Há quem defenda (sempre tem) que a ruindade apresentada foi "proposital" e uma crítica de Miller à própria decadência das HQs nessa virada de século (desculpa que nunca me convenceu, rs)! Apesar dos pesares, em 2016 foi lançada uma 3º parte da franquia: A "Raça Superior", que trazia um BÔNUS extra: mini-gibis encartados em cada edição da mini-série. E é um desses mini-gibis que abre esta postagem (CAPA acima, com o "Superman" numa história do "Átomo") e cuja imagem fala por si só! E tem MAIS: Em 2020 vem um especial da "Criança Dourada" (do Universo de "Cav. das Trevas") e de todas as sequências apresentadas até aqui, consegue ser a PIOR e mais execrável (espero que tenha parado por aí)! Ainda no MORCEGO: Miller escreveu a série "Grandes Astros" (com arte de Jim Lee) e foram 10 edições torturantes em uma trama maçante cujo único momento "massavéio" foi ver o Batman todo pintado de amarelo pra esmurrar o Hal Jordan, kkk!

"Superman - Ano 1" + "Robocop 2" + "Hard Bolied - À Queima-Roupa": Sabe-se lá por que cargas d'água a DC resolveu recontar a ORIGEM do "Superman" pela enésima vez em 2019? Mas foi um erro terem chamado Miller e Romitinha pra essa tarefa... "Superman - Ano 1" é disparada uma das PIORES e mais inúteis revisões da origem do "Super". A sinopse: "Da explosão do Planeta Krypton aos bucólicos campos do Kansas, este 1º capítulo acompanha a juventude de Clark Kent, enquanto ele se acostuma aos seus poderes e luta para encontrar seu lugar no mundo" (tirado do release da Panini). Maçante, né? E essa é a tônica de toda a série (em 3 edições). Não traz NADA (absolutamente NADA) de inovador ou necessário nessa abordagem (e os desenhos - ou rabiscos - do Romitinha também não ajudam)! "Robocop - O Policial do Futuro" (de 1987) é um dos maiores filmes de ação da História do Cinema (e um dos que eu mais assisti - já vi esse filme mais de 50 vezes, sem exagero). MAS, nunca mais acertaram a mão com o "Robocop" (e olha que tentaram em inúmeros filmes, telefilmes, remakes, e séries pra TV). A adaptação pra quadrinhos do 2º filme (CAPA acima) foi assinada por Alan Grant baseada no roteiro de Frank Miller e Wallon Green (de um argumento de Miller) e o gibi utilizou-se do NOME de Miller como autor da história (e Grant do roteiro pra HQ). Assim, considerei como parte desta lista! "Hard Bolied" (lançado aqui em 1999 pela Atitude) é uma HQ que bebe na fonte de "Exterminador do Futuro" e afins. Até que não é das piores (convenhamos), mas também não agrega em nada (é só um monte de clichês manjados) e tem um defeito grave: A CENSURA (auto-imposta) de tornar o SANGUE preto na arte (pra amenizar a violência). É extremamente irritante ler um gibi onde jorra sangue "preto" (parece que os caras tão vazando óleo - broxante)!   

"Holy Terror - Terror Sagrado" + "Martha Washington Vai à Guerra" + "Big Guy & Rusty - O Menino-Robô": "Holy Terror" (de 2011) é uma HQ forjada no ódio... Era pra ser uma história do "Batman", mas acabou sendo uma versão genérica do morcego (O "Censor") lutando contra terroristas (ainda no vácuo deixado pelos atentados de 2001). É compreensível que Frank Miller estivesse com ódio e revolta pelo que aconteceu na época (eu também estaria e me coloco no lugar das pessoas que perderam amigos e familiares no atentado). Porém, é justamente isso que torna a HQ mais fraca: Já que Miller fica completamente CEGO pra todo o cenário sócio-político envolvido e deixa de se aprofundar e explorar outras linhas de desenvolvimento que poderiam enriquecer a trama, como, por exemplo: O papel dos EUA na comercialização de armas e na fomentação de guerras no Oriente-Médio (e que foram parte da motivação dos atentados). Todo esse prisma foi ignorado, reduzindo a HQ à apenas mais uma história ufanista rasa (entre tantas do tipo)! O patriotismo de Miller também se faz presente em "Martha Washington", que rendeu uma ótima 1º série ("Liberdade - Um Sonho Americano") publicada aqui em 1991, pela Globo. Contudo, veio uma sequência bem medíocre em seguida ("Martha Washington Vai à Guerra"), publicada originalmente em 1994: e somente em 2006 no Brasil (pela Mythos). A exemplo de "DK", Miller não parece ser muito bom pra sequências de suas obras e esta 2º mini da "Martha" vem cheia de furos de roteiro e soluções "fáceis" pra trama (uma pataquada alegórica e parecendo um filme "trash" futurista dos anos 90)! POR FIM: "Big Guy & Rusty" (lançado pela Devir em 2009) é uma tentativa de se homenagear os desenhos e seriados japoneses clássicos com monstros e robôs gigantes. Mas ficou só na "tentativa" mesmo, pois a história não empolga, não diverte, e não cumpre sua função perante o leitor (é uma das obras de Miller que quase ninguém lembra)!
 
Até+

5 comentários:

  1. Não há como negar que o Tio Frank tem um papel bastante relevante na revitalização que é essa arte a partir da década de 80. Para mim a melhor fase de Demolidor sempre será aquela que ele roteirizou e Batman é o que ele é hoje graças a ele. Porém, acho que a idade e falta de ideias pesaram nele, pois só assim para explicar essa coleção de fracassos dignos de nota.

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    1. E aí, Marcelo... blz?

      De fato, o "Demolidor" do Miller ainda é (e acho q sempre será) a fase DEFINITIVA do personagem... A mesma revitalização q agregou ao "demo", ele tbm aplicou ao "Batman" (tanto em "DK1" qto em "Ano 1") e suas séries autorais são marcos importantes na produção de HQs dos anos 90: "Sin City" e "300"!

      Mas é engraçado como a idade pega pra uns artistas/roteiristas e pra outros não... Will Eisner, por exemplo, continuava esbanjando talento e inovação nas HQs em q trabalhou até o fim da vida!

      Abs!

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  2. DK, Criança Dourada é uma das Hqs que mais tive o desprazer de ler, teve até a Greta Thunberg nesta bosta.

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    1. Hahaha... Bem lembrado, além da Greta tinha tbm umas mensagens políticas inseridas no meio da história (nos cenários): Ou seja, os desenhos do Grampá já não agradam a todos (eu não gosto) e ainda por cima o leitor tem q aturar a militância xarope do cara, rs!

      Abs!

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  3. Vou comentar das que eu li:
    Acho o Batman All Star sensacional, não é uma obra-prima como foi o Superman All Star que saiu na mesma época, mas dou altas gargalhadas com muitos recordatórios ali, em especial sobre como o Batman enxerga os outros membros da Liga. É uma versão bem mais truculenta do Batman que mais tarde viria a se tornar a do Cavaleiro das Trevas, ainda prefiro aquela versão do que alguma mais "atual" como a da fase do Tom King, por exemplo.
    Cavaleiro das Trevas 2 eu também gosto, mas essa não consigo negar que é ruim, ainda mais se tratando de uma sequência de um clássico, mas para mim, a Cavaleiro das Trevas 3, apesar de ter boas ideias, consegue ser a mais covarde e sem sentido da trilogia, com o Bruce ficando jovem de novo. Dito isso, se tivesse uma parte 4, eu ainda leria pela zoação, e claro, tendo um desenhista tão bom quanto o Andy Kubert envolvido.

    Agora "A Criança Dourada" é realmente patético. Acho que não vai aparecer ninguém para defender. As demais eu não li até hoje, não seria justo eu comentar sobre.

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