Todos nós temos nossos escritores favoritos... E Grant Morrison (que, a meu ver, sempre teve uma carreira bastante irregular: Com altos e baixos) nos ofereceu verdadeiras obras-primas e outras nem tanto (variando entre o RUIM e o medíocre). Ninguém é perfeito, nem
mesmo
nossos ídolos da narrativa nos quadrinhos, e nesta 4º PARTE da coluna de
"TOP 10 - PIORES" (as 3 anteriores foram para: "Alan Moore", "Garth Ennis", e "Frank Miller"), vamos de Morrison (lembrando que esta postagem trata-se uma lista
PESSOAL minha: Fiquem à vontade pra concordar OU discordar, é
claro, rs)!
Meu "TOP 10 - PIORES" de Morrison inclui: "Batman - Descanse em Paz", "Batman - O Retorno de Bruce Wayne", Os "Novos X-Men - Ecos do Amanhã" (FINAL da passagem do autor pela cronologia mutante), "Aniquilador", "Aztek - The Ultimate Man" (INÉDITO no Brasil), "LJA - 3º Guerra Mundial", "LJA/Wildcats", "Vampirella", "Klaus", e "Mistério Divino"!
Confira abaixo:








"Batman - Descanse em Paz" + "Batman - O Retorno de Bruce Wayne" + "LJA - 3º Guerra Mundial" + "LJA/Wildcats": A trajetória de Grant Morrison pela DC foi das mais turbulentas... Na editora, ele nos brindou com algumas das melhores HQs do selo Vertigo ("Homem-Animal", "Os Invisíveis", e "Patrulha do Destino")... Porém, sua visão para o "Batman" foi desastrosa (pra dizer o mínimo). Os arcos: "Descanse em Paz" e "Retorno de Bruce Wayne" são uma constatação disso, à medida em que o autor tenta se aprofundar na MENTE do herói (o que raramente dá certo, já que, ao se dispor a isso, um escritor pode tentar agregar ao personagem a sua própria personalidade - ou fragmentos dela - e desconstruir OU deturpar um herói já estabelecido há gerações). O resultado desse "CHOQUE" mental (entre autor e personagem) foi nada menos que: A MORTE do "Batman". E depois de "matar" o morcego, resta o quê pra um escritor? R: Arrumar uma desculpa (esfarrapada) pra trazê-lo de volta, é claro. E lá vem aquela baboseira de jogar o herói numa: "Prisão feita sob o peso das Eras" (resumindo: Ele jogou o "Batman" numa "viagem temporal" lá pro tempo das cavernas, kkk - Sim, tivemos "Bruce Wayne" brincando de "Brucutú", e logo depois: viajando e combatendo o mal em diversas épocas da História). Permitam-me, por favor, que eu me abstenha de expressar a ÚNICA palavra que melhor define minha opinião sobre esse material, ok? Agora, em uma participação menos "agressiva" (do que foi com o "Batman"), Morrison proporcionou 2 pequenos "dejetos" com a "Liga da Justiça", hehe: O arco da "3º Guerra Mundial" (tão RUIM, que a Abril nem quis publicar por aqui - e acabou saindo em mini-série pela Mythos) e o crossover com os "Wildcats" (que ainda tinha o infame: "Superman- Elétrico", pra piorar ainda mais a situação). 2 "bombas" que saíram pela Panini na "Saga da LJA"!
Os "Novos X-Men - Ecos do Amanhã" + "Aniquilador" + "Aztek - The Ultimate Man" (INÉDITO
no Brasil): É difícil de acreditar que a mesma mente criativa que concebeu o arco: "E de Extinção" (uma das melhores HQs que já li dos "X-Men", pós-anos 2000), além de um ótimo começo de fase pros mutantes em outros arcos muito bons (tipo: "Rebelião no Instituto Xavier"), foi a MESMA que encerrou um run promissor de maneira tão esdrúxula quanto neste arco: "Ecos do Amanhã" (uma espécie de revisita do autor à: "Dias de um Futuro Esquecido"). A trama se passa num futuro distópico daqui há 150 anos, e cuja maior ameaça parece ser... Um "OVO de Fênix" (!) Nem vale a pena entrar em maiores detalhes, mas a questão é que o arco anterior à esse ("Planeta X") já oferecia, também, uma revisita à "Saga da Fênix": E, da mesma forma, havia ficado abaixo da crítica (chata, medíocre, com soluções manjadas). Morrison nos "X-Men" é a melhor síntese da irregularidade do autor (que aqui foi do "luxo ao lixo" - literalmente, rs)! E por falar em HQs futuristas: "Aniquilador" (publicado aqui pela Skript, em 2022) foi indicado ao Eisner (o que, hoje em dia, não quer dizer absolutamente NADA). A trama parte do princípio de que: "A mente de um homem é o lugar mais perigoso do universo" (e lá vem - de novo - aquela punhetação mental e psicológica que o Morrison adora). Historinha bem meia-boca, que tenta misturar sci-fi com terror cósmico (estilo Lovecraft)! Agora, um típico sub-produto noventista: "Aztek - The Ultimate Man", é uma série produzida entre 1996-1997 que permanece INÉDITA no Brasil (e é compreensível, hehe). Pelo menos aqui, Morrison divide a culpa com outro escritor: O (também) irregular Mark Millar (futuro candidato a figurar nesta coluna, kkk)!
"Vampirella" + "Klaus" + "Mistério Divino": Em mais uma DOBRADINHA formada com Mark Millar (a exemplo do "Aztek" aí acima)... Morrison divide o roteiro de uma sequência de histórias com a vampira mais sedutora das HQs. Mas. como já era de se imaginar, a parceria dos 2 escritores NÃO funcionou de novo e ambos entregaram um material "preguiçoso" com a "Vampirella" (sem criatividade, sem surpresas, sem VONTADE). Os arcos: "Mal Ascendente" e "Guerra Santa" (compilados num encadernado da Mythos (CAPA acima) são bem "qualquer coisa" no gênero vampiresco (só os fãs de "Buffy" devem apreciar - e não, isso não foi um elogio)! Já em "Klaus", lançado pela Devir em 2017 (uma "obra" pouco conhecida de Morrison e que passou quase despercebida pelo público): Temos a visão do autor pro "Papai Noel" (já viram, né)? Aqui, o bom velhinho é um "Homem Selvagem", que vive numa floresta gélida junto a seu lobo de estimação. O vilão é um rei tirano que impede as crianças de brincarem, e quando o Papai Noel o desafia em relação à isso, é punido a vagar (pelado) pela floresta gelada, onde tem visões com espíritos florestais, que por vez, o escolhem pra ser um tipo de "elemental" que viverá pra distribuir presentes pras crianças. É a "Origem do Papai Noel" com o selo Morrison (entre viagens "fumadas" e devaneios psicológicos)! Por FIM: "Mistério Divino", lançado pela TEQ (Tudo em Quadrinhos) em 1999. A trama envolve nada menos do que o assassinato de "DEUS" (na verdade, o ATOR que o interpretava numa peça de teatro) e a investigação de um detetive pra descobrir o assassino, que (SURPRESA): NÃO é revelado ao final da HQ, embora o principal suspeito seja o ator que fazia o papel de "Diabo" na peça (que imaginativo, rs). Enfim: Uma xaropada enfadonha feita pro autor destilar sua "crítica-religiosa FÓDA"!

Até+
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