10/11/2024

"Lei Cortez" (Especial): A Lei Que Pode Acabar com os Descontos nos Livros...

A "Lei Cortez" (ou "Lei do Preço-Fixo")... Tem como proposta fixar os preços dos livros (e HQs) por 1 ano: Permitindo descontos de no máximo 10% durante esse período e acabando com aquela FARRA de descontos de 30 a 50% na Amazon e em outras lojas virtuais!

A "intenção" da tal lei seria proteger as editoras e livrarias físicas de uma concorrência desleal... MAS, na prática (já que de "boas intenções" o inferno tá cheio) quais os efeitos e repercussões que traria ao mercado e (principalmente) ao leitor? Nesta matéria (um bate-papo sobre o assunto), faremos nossas considerações sob 3 pontos de vista distintos: O das "LOJAS" (físicas E virtuais), O das "Editoras", e O do "Leitor"!   

Confira abaixo:

As "LOJAS" (físicas E virtuais)... Também conhecida como "Lei Anti-Amazon" (apelido da "Cortez", rs), a ideia básica seria "proteger" as lojas físicas e livrarias de bairro da concorrência da Amazon (manifestada na forma de descontos de 30 a 50%), o que tornaria inviável pras demais lojas cobrirem, já que o sistema da Amazon se baseia em comprar ou consignar das editoras uma boa parte da tiragem com preço lá embaixo para depois aplicar os descontos. Assim, limitando os descontos em até 10% (durante 1 ano), todas as lojas teriam as mesmas condições de competirem em vendas. Só que (a meu ver) existem 2 tipos de público distintos: Aquele que busca os melhores descontos na internet e prefere receber seus livros em casa (esse vai continuar comprando na Amazon) E aquele que prefere ir pessoalmente numa loja ou livraria física (sem se importar em pagar o preço de capa: Desde que a experiência seja plena: Olhar e apreciar os livros na estante, escolher os que irá comprar, conversar com outros leitores no local, etc). Os hábitos de compra desses 2 tipos de público NÃO irá mudar: Só o que irá mudar é o fato de que alguns esperarão 1 ano pra terem um desconto maior, enquanto outros irão desistir de comprar os gibis que gostariam (depois de 1 ano a vontade passa). Em tese, essa lei tende a causar uma EVASÃO do público, pelo menos no que se refere às lojas virtuais (já que os leitores perderão os descontos que os faziam comprar). Enquanto as lojas físicas, continuarão mantendo o mesmo público frequentador. Sem falar que são raras as cidades que possuem lojas de HQs ou mesmo livrarias de bairro (e os leitores que moram nessas localidades continuarão tendo como ÚNICA opção a compra virtual, só que agora SEM grandes descontos)! Resumindo: Quem compra na Amazon continuará comprando, já que o preço será tabelado em qualquer lugar mesmo. E quem já tem o hábito de comprar em loja física, seguirá sua rotina normal (só quem perde, a meu ver, é o leitor das lojas virtuais que terá de abrir mão de certos lançamentos devido à falta de um bom desconto)!   

As "Editoras"... Até pouco tempo era costume no mercado editorial fazer consignação com 50% do valor de capa do livro/HQ. A Amazon chegou ao mercado oferecendo esse valor à vista, mas foi gradativamente baixando as margens (e isso é uma reclamação comum de diversas editoras). A saída que elas encontraram foi aumentar o preço de capa, já que a porcentagem é calculada e medida em cima disso. Ou seja: O desconto de 30% que o leitor recebe na loja virtual é uma ILUSÃO, pois o gibi já é superfaturado pra cobrir esse desconto e manter a margem ideal pra editora. Resultado: Além de aumentar o custo final para o leitor, muitos livros só têm condição de serem publicados em um pré-lançamento com um desconto grande, visando vender mais exemplares no lançamento só para custear a fabricação (é o que acontece com os lançamentos da P&N, Comix Zone, e Mythos, por exemplo). Dessa forma (caso a Lei Cortez entre mesmo em vigor), a probabilidade é que menos livros sejam lançados, principalmente por editoras menores (se o objetivo era ser contra o monopólio, a aplicação de tal lei é um verdadeiro "tiro no pé"). Um belo exemplo de editora que já tem se adequado contra esse sistema e pratica preços REAIS em suas HQs é a Lorentz (acima, a capa de "Loco Sexton" - que mesmo sendo um TIJOLO em capa-dura, custa apenas R$ 75: Tanto em lojas físicas E virtuais, pois não superfaturou o preço de capa pra abater os 30% da Amazon). Outro exemplo positivo é a JBraga, que vende suas HQs pelo próprio site e mantém preços justos e REAIS (sem o "mascaramento" de outras editoras que dependem da Amazon). Pelo ponto de vista das editoras, agora é que veremos quais delas realmente continuarão embutindo os 30% em cima, e quais passarão a praticar os preços verdadeiros (sem "maquiagens") daqui pra frente. E por falar nas editoras, pra ilustrar esta postagem, busquei algumas CAPAS de lançamentos recentes de cada uma e que ainda não haviam sido comentados aqui no blog!
 
O "Leitor"... Por FIM, o NOSSO ponto de vista (que É o mais importante, já que somos NÓS que sustentamos o mercado e fazemos a máquina funcionar, rs): Falando como publicitário (antes de ser leitor), Forçar qualquer mudança mercadológica ferrando com o cliente é um equívoco fatal. E é exatamente o que tal lei fará com o leitor em geral, já que somos um nicho cada vez mais segmentado e uma lei dessas contribuirá ainda mais para o desestímulo da leitura (afastando a parcela de leitores que só compra virtualmente com um bom desconto). Alguns defensores da lei alegam que os preços baixarão, diante do fato das editoras serem forçadas a praticar o "preço REAL" (que eu mencionei acima), mas na realidade, não há nenhuma garantia de que elas farão mesmo isso, ou vocês imaginam aquelas editoras que eu citei (dependentes da Amazon) tabelando seus preços abaixo de 100 reais pra se adequarem ao bolso do leitor? (até pode ser, mas se fizerem isso, estarão assumindo que superfaturavam seus preços de capa antes, não é mesmo)? Outra desculpa de quem defende a Lei Cortez é comparar com um sistema similar na Europa (esquecendo completamente que a realidade econômica E cultural deles é bem diferente da nossa)! Os Lançamentos correm o risco de ficar encalhados por 1 ano, pois muita gente só compra se for em promoção. Ninguém se beneficia: nem leitores, nem editoras, nem livrarias. O único efeito (prático) será a estagnação das vendas de lançamentos e o aumento da pirataria (antes de parar de ler HQs de vez, o leitor pode passar pro estágio dos scans). A Amazon seguirá vendendo outros livros em promoção (ela nem deve sentir o impacto). Claro, essas são apenas as minhas considerações pessoais (sou um leitor que frequenta e compra em lojas físicas e raramente apelo pras virtuais, a não ser pra aproveitar descontos de 30% em HQs mais caras tipo: OMNIBUS, e afins)!
 
Até+

20 comentários:

  1. Oi Leo!
    Sobre esta Lei Cortez, só digo que devemos esperar para ver no que vai dar!
    Nenhuma lei é absoluta, todas possuem brechas, e são passíveis de remédios jurídicos em caso de abuso ou afronta, podendo ser analisadas por tribunais e instâncias superiores, e podem ser suspensas por anos até julgamento definitivo!
    Isso sem contar que pode "não pegar" em vista dos costumes prevalecerem sobre ela, ainda mais essa que de certa forma prejudica o livre comércio!
    Os pontos de vista elencados na sua matéria são bem elucidativos e refletem bem o que vai acontecer no Brasil caso a lei seja de fato aprovada!
    Livros viraram o novo alvo dos políticos brasileiros, que tentam tirar dinheiro da onde puder "para o bem do país e da população", onde a corrente "X" cria a lei do preço fixo, e a corrente "Y" anos atrás queria taxar livros em até 14%!
    Poderia prolongar mais o assunto, mas vou me manter na "chapa branca" para evitar militantes radicais, que já me trouxeram problemas no passado por discordar de determinado assunto, e hoje tudo é motivo para inflamar as coisas e gerar ódio profundo e até morte!
    Ser leitor e colecionador de livros e HQs no Brasil nunca foi fácil, e parece que nunca será!
    Abraços!!

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    1. Oi, Elcio... Tdo bem?

      Infelizmente, eu devo confessar q NÃO confio no nosso judiciário (e esse nível de confiança vem caindo cada vez mais nesse atual governo - mais corrupto e repugnante do q nunca)... E não espero nada de bom ou produtivo vindo daí: O q inclui a tal lei em questão. Digo, não duvido q ela seja aprovada e q cause um pandemônio no mercado de HQs (q já tá bastante difícil de ser acompanhado pelo leitor). Triste dizer isso, mas só espero o PIOR pra este país daqui pra frente (queria ser mais otimista, mas não consigo: A realidade parece um pesadelo pra todos os lados q olho, e esse pesadelo agora ameaça até os gibis q lemos)! Mas vamos ver, a única coisa q ainda me restou foi um pouquinho de fé (se é q vai servir pra alguma coisa, rs)!

      Independente da minha descrença nas nossas leis e no rumo do país... Procurei analisar essa questão a partir desses 3 pontos de vista elencados no texto: pra tentar ser o mais imparcial possível. Mas não consegui ver vantagem pra nenhum dos lados: a não ser (quem sabe) pras lojas físicas, q terão como rival uma Amazon mais contida (dentro dos 10% de limite): E ainda assim, é o q eu falei na matéria: não acho q o cara q compra na Amazon vai deixar de comprar lá pra direcionar suas aquisições pras lojas físicas, pois vejo nisso uma questão de HÁBITO do leitor (o cara q gosta de receber seu gibi no conforto do lar vai continuar preferindo isso ao invés de se deslocar pra uma loja ou livraria física). No fim das contas, é só pra loja poder se sentir mais segura com uma concorrência mais "equilibrada" (embora eu não acredite q isso vá se refletir num aumento de vendas pros estabelecimentos físicos)!

      "Livros viraram o novo alvo dos políticos brasileiros, que tentam tirar dinheiro da onde puder "para o bem do país e da população", onde a corrente "X" cria a lei do preço fixo, e a corrente "Y" anos atrás queria taxar livros em até 14%!"

      Pois é... tem esse lado tbm: A literatura nunca foi um negócio interessante pra nenhum dos espectros políticos do país, já q um povo burro e ignorante (sem acesso à cultura e conhecimento) é mais passível de se tornar a "massa de manobra" q os políticos precisam pra se perpetuar no poder. Até as redes sociais já começam a incomodar e esses vagabundos tão loucos pra regularizar os nossos acessos virtuais!

      Vc faz bem em procurar se afastar de problemas por expor suas opiniões... Eu devia fazer o mesmo tbm, principalmente lá no face, onde grupinhos de militantes vivem denunciando minhas postagens e fazendo a minha conta ficar cada vez mais restrita (atualmente, tô sem alcance no meu feed e impedido de fazer anúncios no market place do face até o final do mês)!

      É como diz a máxima: "Calado me deito... Sem processo me levanto", kkk!

      Abs!

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  2. Fala comandante Leo!

    Claro que o mais democrático, tradicional e mais informativo blog sobre HQs da internet brasileira não iria ficar sem se manifestar sobre a polêmica pra dizer o mínimo "lei Cortez" ou "lei do preço fixo" ou "lei anti-Amazon". Realmente todo tipo de proposta de legislação causa dúvidas, incertezas e expectativas, e não seria diferente nesse caso. Pessoalmente, tenho mais dúvidas e receios do qualquer coisa a esse respeito. Já e fato concreto que o hábito, consumo e colecionismo de livros, revistas e HQs é algo nichado e vem sendo cada vez mais. Será que tal medida não contribuiria pra acentuar esse fator, no meu entender deveria se buscar o contrário, ou seja tornar a mídia escrita algo das massas, de fácil acesso, de preço acessível, e que viesse a ser um hábito do cotidiano de todos, independente de renda, faixa etária, grau de instrução ou qualquer outra condição. E definitivamente por tudo que se especula e se opina a respeito não parece que será esse o efeito dessa lei quando entrar em vigor.

    Diante das consequências que vc bem pontuou no texto, tendo a ter a mesma percepção. E acrescento uma preocupação que sempre tive mas parece que essa lei pode ser a pá de cal num estabelecimento que sinto muito apreço mas que parece realmente condenado a ser extinto, que são as bancas de revistas e jornais. Caso a lei atinja seu principal objetivo que é fortalecer as livrarias físicas, ocorrerá o estimulo para que as grandes editoras implementem o que a maior delas já está pondo em prática que são os "points" de venda. O que também acabaria com o sistema de distribuição, se em cada grande centro urbano do país existir um "Panini Point", "Mythos Point", "Devir Point", "P&N Point" e assim por diante, a combalida distribuição para as poucas bancas sobreviventes já era, e o seu fim definitivo estará decretado.

    Como disse no início é um tema polêmico com dezenas de conjecturas e quase nenhuma certeza. E acabamos sempre naquele de ter de "esperar pra ver". Uma coisa que gostaria que fosse pensado é que caso os efeitos da lei sejam o contrário do desejado, exista um dispositivo da própria lei que permitisse que a mesma fosse revogada para que essas consequências sejam desfeitas. Seja lá como for só nos resta acompanhar os desdobramentos dessa discussão e torcer pra no final que entre mortos e feridos, todos se salvem.

    Obrigado por mais esse serviço prestado comandante. Um bom início de semana a todos!

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    1. E aí, LEPM... blz?

      Pois é, amigo... demorou um pouco pra eu fazer esta postagem, pq o assunto é bastante complexo e antes de escrever o texto eu conversei com o meu advogado (pra me inteirar melhor sobre legislação - e foi aí q descobri q ela ainda pode enfrentar mtas barreiras até ser finalmente aplicada: e mesmo se aprovada, ainda pode ganhar algumas emendas), e com 3 lojistas (2 de lojas físicas e 1 de loja virtual). Essas conversas foram bastante elucidativas pra eu formar uma opinião considerando os 3 pontos de vista distintos nesse caso (Lojas/Editoras/Leitor)!

      A minha conclusão final pode ser resumida perfeitamente ainda no seu 1º parágrafo, hehe... qdo vc diz q somos um grupo (de leitores e colecionadores de gibis) já consideravelmente "nichado": E de repente surge uma lei q certamente irá restringir ainda MAIS esse público, ao ELIMINAR o cara q só consegue comprar suas HQs com descontos mais generosos. Se ESSE leitor for reduzido (já q deixará de comprar), a quantidade de exemplares vendidos TBM será reduzida (acarretando em tiragens menores, e - consequentemente - preços maiores, já q qto menor a tiragem, maior o preço). Se pararmos pra refletir, num grupo de 10 leitores, qtos compram seus gibis pela internet (com desconto) e qtos compram em lojas físicas? (sendo q existem poucas lojas e livrarias espalhadas pelo país)? Sei lá, uns 5 (metade)? q seja: estamos falando de METADE do nicho de leitores q deixarão de comprar (ou esperarão 1 ano pra comprar com desconto - e aí entramos em outro problema: e as pré-vendas: mtas editoras dependem de um bom resultado na pré-venda pra conseguirem lançar um gibi, e isso passa a ser comprometido agora tbm)!

      Sobre os "POINTS" de venda... isso renderia uma discussão e um bom debate à parte mesmo, e vc acabou d eme dar uma ÓTIMA ideia pra uma futura postagem aqui no blog, rs. Afinal, já conversei com o gerente da Panini Point aqui de POA (logo q a loja inaugurou) e o mesmo me relatou q a proposta desses pontos é justamente cobrir o "VÁCUO" q ficou no mercado com a queda das bancas de revistas E das grandes livrarias q fecharam (Cultura, Saraiva, e FNAC). A Panini sentiu q SÓ a internet não tava sendo suficiente pra cobrir esse espaço q faltou, e os "points" serviriam pra cobrir essa perda. Claro, q, inevitavelmente, a Panini Point daqui acaba fazendo uma concorrência com a Tutatis, embora eu ainda ache q a Tutatis tinha uma concorrência mto maior qdo tínhamos as 3 grandes livrarias (Cultura, Saraiva, FNAC) bombando aqui na cidade, agora eu considero uma concorrência bem de leve entre as 2!

      Qto aos desdobramentos da lei... Ficarei atento à qq novidade e voltarei ao assunto se necessário, pode ter certeza, rs!

      Abs!

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  3. Saudações, LEO e todos os leitores do SUBMUNDO HQ! O futuro chegou e não tem como retroceder no tempo. Não sou saudosista. A palavra PASSADO já diz tudo. E o passado deve ficar para trás. Dito isso, considero que os leitores atuais têm mais opções e possibilidades que não existiam em outros tempos. Na altura dos meus 55 anos, tenho uma filha que ler livros somente no TABLET e eu mesmo leio livros no meu NOTEBOOK. Então, livros físicos, assim como HQs físicas, devem estar com os dias contados. Já existe a opção do KINDLE que é bem em conta. O LEO não abordou isso na presente POSTAGEM. Disse que a LEI CORTEZ pode afastar os leitores e que pode contribuir para reduzir o público leitor. E acrescentou que muitos poderão migrar para SCANS. Eu particularmente não gosto de SCANS porque se trata de uma HQ IMPRESSA que foi digitalizada. Mas o que se tem à venda como LIVROS e HQs não são SCANS. São obras que estão no FORMATO DIGITAL e de altíssima qualidade. No mais, acrescento que não há como salvar as BANCAS. As bancas, na forma como conhecíamos, deixarão de existir. E as EDITORAS que reduzirem suas produções a LIVROS ou HQs IMPRESSOS também deixarão de existir. Pergunto se alguém por aqui ainda ler JORNAL IMPRESSO. Não sei qual será o futuro do COLECIONISMO DE HQs, mas que o futuro chegou disso não tenho nenhuma dúvida. No mais, parabéns pela POSTAGEM. Sou um leitor silencioso, mas sempre estou acompanhando esse BLOG sensacional! Abraços!

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    1. Oi, Ronilson... Tdo bem?

      Realmente, amigo... Acabei mencionando só os scans pq ainda são o meio q mais conheço e tenho acesso, hehe (não tenho tablet e nenhum arquivo digital "oficial", rs): Mas, de fato, foi mto pertinente a sua observação, pois o mercado de livros e HQs digitais seguem em paralelo (E em expansão) com os físicos. Seja como for, o leitor poderá migrar pra qq formato digital q melhor lhe convir. Eu, por exemplo, tenho umas 50.000 HQs em scans (salvas num HD externo) e é tanta coisa q provavelmente nunca irei ler tudo isso em vida, kkk!

      As bancas estão condenadas mesmo... Hj de manhã estive no centro da cidade (fazia mais de 1 ano q não ia no centro - ainda mais depois das enchentes aqui em POA) e o cenário q vi foi desolador: As bancas q eu frequentava e era cliente assíduo até pouco tempo ACABARAM. A maioria fechou, outras ainda sobrevivem (mas estão às moscas e com quase nada de lançamentos recentes), e algumas viraram pontos de venda de "raspadinhas" e coisas do tipo. Mto triste mesmo ver ao vivo a decadência de um lugar q fez parte da minha formação de leitor!

      O Jornal Impresso eu assinava aqui em casa até 2021... aí eu parei, pois vi q o jornal (Correio do Povo) passou a fazer militância política (deixando a informação real e com credibilidade em 2º plano). Aí eu larguei de mão mesmo (não vou ficar pagando pra receber em casa um panfleto ideológico). Pior q eu tinha o hábito de acordar às 5 da manhã e o jornal já estava na porta, aí eu lia ele com calma na rede e só depois de ler o jornal inteiro eu tomava meu café, hehe. Bons tempos q não voltam mais!

      Abs!

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  4. Eu não fabrico $, então, tenho um orçamento para comprar HQs por mês. Se o que eu quero comprar passar deste limite simplesmente não compro. E a lista, pelo jeito, do que eu não irei comprar, irá aumentar.

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    1. E aí, André... blz?

      Mesma coisa aqui, amigo... Não tenho renda fixa e o q eu ganho varia mto mês a mês: Assim, o q eu separo pra gastar com GIBIS acaba sendo pouco e VAI diminuir mais ainda SE essa lei for aplicada e eu parar de comprar OMNIBUS ou edições de luxo q entram em pré-venda com 30% de desconto!

      Pra certos gibis (os mais CAROS), eu não vou passar a comprar em lojas e livrarias físicas só pq os descontos de 30% vão acabar... o q vai acontecer é eu deixar de comprar mesmo, rs!

      Abs!

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  5. "Não sou saudosista. A palavra PASSADO já diz tudo. E o passado deve ficar para trás. Dito isso, considero que os leitores atuais têm mais opções e possibilidades que não existiam em outros tempos."

    Embora eu concorde que o que passou, passou, sou saudosista, e isso tambem me faz ter saudade de me contentar com hqs em formatos mais simples, espaço, nao gastar tanto tempo, me contentar com o basico.

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    1. Eu tbm sou bastante saudosista, L...

      Não gosto do rumo q as coisas tomaram (seja na política, na vida social, e na indústria do entretenimento) e não me encaixo neste mundo moderno ATUAL... Prefiro viver do passado e não me envergonho disso. Os FILMES e desenhos q assisto com o meu filho são os antigos, q eu gostava. Nada dessas porcarias modernas e detestáveis!

      Abs!

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  6. Ué, pensei que ia comentar sobre as hqs postadas

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    1. Oi, L... Acabei usando essas capas de lançamentos recentes apenas pra ilustrar a matéria mesmo (precisava de 1 título ou mais de cada editora principal do momento). Mas alguns deles voltarão a ser comentados aqui em futuras colunas de "Reviews" (é o acaso de "Alef Thau" - q pretendo comprar e comentar futuramente assim q for lido, rs)! E "Loco Sexton" já foi tema de uma postagem sobre faroeste por aqui!

      Abs!

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  7. Fala, Leo, blz?

    Como tudo que vem dos políticos do Bostil, com algum lobby forte por trás, essa Lei Cortez foi feita para f*der com o povo. Até mesmo quando fazem algo de bom, tipo o Plano Real ou liberar importação de produtos tecnológicos, foi para consertar cagadas do passado, ou seja, só tentaram arrumar a merda que fizeram. E, vejam só, essas últimas leis "boas" já tem décadas, então só enfiaram em nosso c* de lá pra cá.

    Enfim, já compro cada vez menos, vou só esperar 1 ano para comprar os lançamentos então. Mesmo tendo reduzido meus gastos com gibis, a minha pilha ainda está bem grande, acho que tenho material inédito para mais de 1 ano aqui em casa. E se algum dia faltar material inédito, basta reler as histórias que já devo ter esquecido quase tudo ou aproveitar os scans mesmo e fod*-se.

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    1. Plano Real ajudou a controlar a inflação...sem dúvida foi um grande ganho...mas não é essa Coca-Cola toda que fazem parecer. Veio muita coisa negativa junto....uma delas foi acelererar o processo de desindustrialização do país...entre outros efeitos colaterais do tal tripé macro-econômico. Foi e ainda é um remedio bem azedo.

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    2. "Plano Real ajudou a controlar a inflação...sem dúvida foi um grande ganho...mas não é essa Coca-Cola toda que fazem parecer. Veio muita coisa negativa junto....uma delas foi acelererar o processo de desindustrialização do país...entre outros efeitos colaterais do tal tripé macro-econômico. Foi e ainda é um remedio bem azedo."

      O Real deveria ter sido o inicio de um plano de mudança pro país, que seria somada a outras medidas. Os canalhas da Farinha Lima sustentam com a miseria do país porque o tal do tripé enche o bolso deles dinheiro a custa das misérias dos outros.

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    3. "E se algum dia faltar material inédito, basta reler as histórias que já devo ter esquecido quase tudo ou aproveitar os scans mesmo e fod*-se"


      E aí, Guilherme... blz?

      Verdade, amigo... Dia desses eu tava separando uns gibis pra anunciar (e liberar espaço em casa) e remexendo na pilha, me deparei com diversas HQs q eu não lia ou relia há mais de 25 ANOS! Pra minha surpresa, esqueci quase tudo aquilo q eu estava folheando: era quase como se nunca tivesse lido aquele material antes! Ou seja: nossa memória se esvai com o tempo, e reler gibis antigos, mtas vezes, acaba sendo como ler aquilo pela 1º vez, rs!

      Qto à tal lei... Vou me adaptar à ela da seguinte forma: Se eu não conseguir um bom desconto num gibi caro (tipo um OMNIBUS) eu NÃO irei comprar: Vou desistir da compra OU esperar 1 ano pelo desconto q melhor me servir. Como até falei num comentário acima: Já não espero nada q preste deste país e deste governo de merda (q não foi eleito pelo meu voto): Vou seguir o baile remando pra sobreviver nesta canoa furada em q estamos, até q ela afunde de vez!

      Abs!

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    4. "entre outros efeitos colaterais do tal tripé macro-econômico. Foi e ainda é um remedio bem azedo"


      Concordo, Fábio...

      Não manjo nada de economia, mas sei q o Plano Real foi tipo um "mal necessário" para aquele momento q o país atravessava... Vi minha família quebrar financeiramente com a crise econômica de 1985 (o ano em q tive q vender até meus gibis pq minha família não tinha mais como pagar as contas mais básicas). O Plano Real foi meio q um salva-vidas pra quem tava passando por essa situação!

      Abs!

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    5. "O Real deveria ter sido o inicio de um plano de mudança pro país, que seria somada a outras medidas"

      Bem nessas, L... é meio q nem aquele meme de "Expectativa X Realidade", rs!

      Abs!

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  8. Questão difícil. Desconfio que não vai produzir os benefícios alegados, mas reconheço a validade formal dos argumentos dos defensores da Lei Cortez. Vamos a alguns apontamentos: 1) a Amazon já controla boa parte do mercado e quanto mais o controla, menos descontos oferece. Então, se continuar assim, teremos uma "lei Cortez" sem que a lei precise entrar em vigor, pois não teremos descontos em lançamentos por monopólio do mercado, ou seja, a Amazon só vai dar descontos para desovar estoque ou fisgar compradores ocasionalmente. O tal 30% na pré-venda que hoje é padrão está aí para mostrar (é o preço superdimensionado para dar desconto) e as ofertas da Black Friday desse ano só comprovam que vivemos novos tempos. 2) Quadrinho já é um mercado elitizado e essa elite (onde me encontro) tem recursos para pagar caro pelos lançamentos gourmetizados, logo não vai quer esperar um ano para ter mais desconto nas novidades, mas sempre vai preferir descontos maiores para os lançamentos, ainda que esses descontos sejam fake. É o me engana que eu gosto misturado com o verme do colecionador de meia-idade "endinheirado" (repito, tô falando de mim também). 3) Com lei Cortez o preço não vai baixar, e sim o preço superdimensionado de hoje para oferecer descontos vai virar o novo preço normal. É como a cobrança de bagagem e que supostamente iria baixar o preço das passagens para quem não precisasse despachar bagagem. Não baixou, mas passamos a ter de pagar pela bagagem quando necessário. 4) Na minha cidade tem livraria, sebo e bancas de revistas. Não vou mais a nenhum desses lugares, que era de visita semanal, pois hoje compro tudo pela internet. Gostava de livrarias e bancas, mas mudei meus hábitos de consumo, pois hoje tenho menos tempo, é mais cômodo comprar on-line etc. Se eu me tornei cliente virtual, imagina as novas gerações... Mas, mantenho o compromisso analógico, pois não leio scans (por enquanto). São apenas opiniões, baseadas na minha realidade, sem mais pretensões.

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    1. E aí, Alvaro... blz?

      Excelentes apontamentos... De fato, a Amazon tava nadando sozinha de braçada num mercado onde ela já não tinha mais sua principal concorrência de antes: O TRIO de livrarias (Cultura/Saraiva/Fnac). Chegaria um ponto em q ela decidiria "se" aplicaria grandes descontos ou não. Iria depender apenas do qto ela gostaria de vender mais ou menos, já q sem descontos o leitor reage simplesmente deixando de comprar (ou como forma de protesto, ou por não conseguir manter financeiramente o seu hobby, rs)! Mas sim, a decisão de dar descontos maiores OU não, logo caberia apenas à Amazon mesmo (com ou sei a Lei Cortez)!

      Eu tô entre os "VERMES" tbm, hehe... Mas cheguei num limite financeiro onde já não consigo mais bancar 300 reais num gibi sem ter q peneirar um BOM desconto em cima disso (e com parcelamento tbm). Por vontade, eu diria q continuaria colecionando HQs mesmo sem descontos: Mas na prática, eu me sentiria mal pagando um preço cheio mto alto (sabendo q aquilo poderia estar custando uma boa fatia a menos)! Atualmente, eu tenho feito assim: Compro os encadernados capa-cartão ("Sagas" e "Spawn") em lojas físicas E deixo pra pegar na Amazon os OMNIBUS e edições deluxe acima de 100 ou 200 reais apenas qdo consigo uns 30% neles. Assim, ajudo na sobrevivência das lojas físicas (q são pontos onde gosto de frequentar) e economizo uma graninha peneirando os descontos nos gibis mais parrudos, rs!

      Tbm acho q essa lei NÃO vai ajudar a baixar preço nenhum... mesmo q isso (teoricamente) fosse o mais lógico pra acontecer, já q as editoras não precisariam mais ter q "embutir" no preço final aqueles 30% de praxe da Amazon. O q vai acontecer é q as editoras q praticam o preço REAL (Lorentz, JBraga, Criativo, Monumental, Tundra, etc) continuarão mantendo os valores q praticam. Enquanto as demais, ficarão com aquele dilema: Mantém o preço lá em cima pra daqui há 1 ano terem seus gibis vendidos com o descontão? OU começam a baixar o preço final já descontando esses 30% q são "embutidos" pra mascarar o preço real? Eis a questão, rs!

      Por fim... interessante o 4º ítem q vc relatou. A questão do "TEMPO" tem sido cada vez mais valioso pra mim tbm. Embora eu ainda goste de frequentar lojas físicas, o tempo pra isso tem sido cada vez mais curto agora (com atribuições de trabalho e cuidar de mulher e filho pequeno): Já não tenho mais a mesma disposição q eu tinha até poucos anos de ir na loja e passar uma tarde papeando com os amigos ou ir nos almoços de sábado com o pessoal pra falar de gibis e trocar bonequinhos da Eaglemoss, rs. Agora a vida adulta me chamou pro "fight", kkk!

      Abs!

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